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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Grêmio estudantil: participação e dinamismo na escola



“Reconhecer o adolescente e o jovem, não como problema,
mas como parte da solução, é meio caminho andado...”
 Antonio Carlos Gomes da Costa


               Em março acontecerá a eleição do novo Grêmio Estudantil do Colégio Santo Agostinho de Contagem. O processo de escolha é precedido por muita troca de ideias, escuta entre os colegas, composição das chapas e suas propostas. Nessas conversas, a principal pergunta é: para quê serve o Grêmio, o que ele pode fazer na escola? Perguntas que nos situam no campo da utilidade, das práticas e fazeres do grupo.
               Essas perguntas são importantes, pois ajudam a organizar propostas e perceber os campos de atuação do Grêmio Estudantil. Contudo, há outra pergunta que vai além dessas: o quê ele é?  Essa pergunta nos situa no campo do significado do Grêmio.
               Toda escola possui uma visão pedagógica que fundamenta o seu modelo de educação: todas priorizam a qualidade acadêmica do ensino, com suas disciplinas e conteúdos desenvolvidos em salas de aulas, projetos interdisciplinares, trabalhos extraclasse. Há aquelas que privilegiam um modelo centrado nos conteúdos a serem estudados; há outras que buscam o equilíbrio entre a excelência acadêmica e a formação humanista: nessas, o bom estudante não é considerado apenas pelas notas que alcança, mas também por suas atitudes, valores, participação e contribuição para o ambiente escolar como um todo. As atividades propostas pela escola não são voltadas apenas para o acúmulo dos saberes e das informações, mas auxiliam os estudantes a desenvolverem diversas habilidades: culturais, vivenciais, artísticas, éticas, comunicativas, consciência política e autonomia.
               Numa sociedade plural e democrática, essas opções são construídas em constante diálogo entre a direção escolar, as famílias e estudantes que fazem parte desse universo.
               Assim, o Grêmio Estudantil assume uma importante função: ele se torna um canal de comunicação entre os estudantes, se torna uma voz para o seu grupo. É capaz de repercutir os valores e anseios dos estudantes que representam. Torna-se, também, ouvidos: exercita a arte da escuta, busca consensos, capta os objetivos e intuições necessárias que auxiliam a caminhada do grupo, aponta opções e caminhos novos. É nesse diálogo constante que se constrói uma autêntica liderança. Quando uma escola proporciona aos alunos organizarem um Grêmio Estudantil, ela está indicando que os estudantes fazem parte e também são protagonistas no seu processo de desenvolvimento, pois dinamizam a construção da sua própria visão educacional. Por isso, as lideranças mais promissoras são aquelas que conseguem dar sustentação a ações transformadoras, que desencadeiam processos de mudança e melhoria em seu ambiente.
               Na prática, o Grêmio se organiza de acordo com um planejamento prévio, preparado pelos próprios membros que o constituem. Não há, necessariamente, uma sobrecarga de atividades, que comprometam ou dispersem os estudantes de seu compromisso habitual com os estudos. No exercício de suas funções, contam com o apoio e auxílio dos diversos segmentos que compõem a escola: a direção, supervisão, professores, departamentos de pastoral e assistência educacional (Pró-alunos).
               Que a escolha do Grêmio 2014 reflita bem o ambiente educacional que vivenciamos e que ele se torne uma presença criativa, dinâmica e acolhedora para todos os estudantes do colégio!