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sexta-feira, 30 de março de 2012

Dia sem sapatos 2012




UM DIA SEM SAPATOS 2012




No dia 10 de abril iremos repetir a campanha “Um dia sem sapatos”. Nesse dia, o aluno, professor ou funcionário podem ficar descalço, desde que faça alguma doação na entrada da escola.

“Por que um dia sem sapatos?” hão de indagar alguns, possivelmente aqueles que desconhecem a campanha ONE DAY WITHOUT SHOES – uma mobilização mundial que teve início em 2008.

“Por que um dia sem sapatos?” hão de questionar outros, talvez aqueles que ainda não se conscientizaram sobre o problema que crianças em todo o mundo, longe e perto de nós, têm enfrentado: doenças decorrentes pelo fato de crescerem sem sapatos.



“Por que um dia sem sapatos?” hão de se perguntar aqueles que só agora se deram conta da quantidade que possuem e de que há muitos em situação inversa.

Sim, um dia sem sapatos! Porque pés são sagrados. Conduzem-nos no caminho e nas escolhas. Sua sola contém os pontos vitais do ser humano. É vida que precisa de amparo.

Queremos, na campanha deste ano, dar um toque a mais de solidariedade. Se no ano passado houve doação somente de pares de sapato, propomos também: agasalho, cobertor, fraldas (infantis ou geriátricas) e leite em pó, afinal, temos irmãos com fome e com frio e que precisam de cuidados.

Num trabalho conjunto com a Plataforma Terráqueos, as doações serão direcionadas para: Tio Maurício e a Pastoral do Menor da Arquidiocese de Belo Horizonte; Projeto “Ser humano”, que realiza missões e ações de promoção humana no Norte de Minas; Lar Maria Clara (instituição que cuida de idosos, localizada no centro de Contagem) e Creche da Dona Madalena (no bairro Novo Boa Vista).

Pés descalços? Somente se for pelo prazer do contato com a mãe terra.

Espiritualidade

Do livro: “ESPIRITUALIDADE – Um Caminho de Transformação”
de Leonardo Boff


Agora cabe colocar diretamente a pergunta: afinal, o que é espiritualidade? Uma vez fizeram esta pergunta ao Dalai-Lama e ele deu uma resposta extremamente simples: “Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior”.
Não entendendo direito, alguem perguntou novamente:
- Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso não é espiritualidade?
O Dalai-Lama respondeu:
- Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transformação, não é espiritualidade. E acrescentou:
- Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor.
Então atalhou a pessoa:
- A espiritualidade muda ou é sempre a mesma coisa?
E o Dalai-Lama falou:
- Como dizem os antigos, os tempos mudam e as pessoas mudam com ele. O que ontem foi espiritualidade hoje não precisa mais ser. O que em geral se chama de espiritualidade é apenas a lembrança de antigos caminhos e métodos religiosos.
E arrematou:
- O manto deve ser cortado para se ajustar aos homens. Não são os homens que devem ser cortados para se ajustar ao manto.


Parece-me que o principal a ser retido desse pequeno diálogo com o Dalai-Lama é que espiritualidade é aquilo que produz dentro de nós uma mudança. O ser humano é um ser de mudanças, pois nunca está pronto, está sempre se fazendo, física, psíquica, social e culturalmente. Mas há mudanças e mudanças. Há mudanças que não transformam nossa estrutura de base. São superficiais e exteriores, ou meramente quantitativas. Mas há mudanças que são interiores. São verdadeiras transformações alquímicas, capazes de dar um novo sentido à vida ou de abrir novos campos de experiência e de profundidade rumo ao próprio coração e ao mistério de todas as coisas. Não raro, é no âmbito da religião que ocorrem tais
mudanças. Mas nem sempre. Hoje a singularidade de nosso tempo reside no fato de que a espiritualidade vem sendo descoberta como dimensão profunda do humano, como o momento necessario para o desabrochar pleno de nossa individuação e como espaço da paz no meio dos conflitos e desolações sociais e existenciais.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Reflexões sobre o sentido da vida

O estudante Vitor Galdino, do 9° A, escreveu o belo texto a seguir, inspirado em sua experiência pessoal e na aula do Ensino Religioso, onde os alunos refletiram sobre o modo como aproveitamos o tempo e o significado que damos para a vida. Vale a pena ler!

            Quando a professora nos pediu para lembrarmos a nossa vida, já tinha percebido o quão a tarefa ia ser complicada, só não tinha noção de que não ia lembrar quase nada. Lembrei-me muito vagamente da minha infância, apesar de ser uma época tão boa e tão simples da nossa vida – quando uma pequeníssima coisa, como uma formiga traçando seu caminho, poderia ser tão fantástica e interessante, diferente de hoje, que é simplesmente um “nada”. A ingenuidade e o carinho com a família e os amigos também foi algo muito marcante. E o que mais?
            Foi quando me toquei que, sem percebermos, deletamos memórias da nossa própria vida. Mas, por quê? Fiquei tentando chegar a uma resposta e cheguei a inúmeras.
            A sociedade começa a exigir que você cresça, tanto em casa como em outros ambientes, tais como a escola. Pouco a pouco vamos esquecendo a tal simplicidade nas coisas; é uma mudança drástica e surpreendente.
            A sociedade também influencia em coisas como: “Ah, isso não é coisa da sua idade, é coisa de criança” – principalmente no que se refere aos amigos.
            Acho que também deletei algumas coisas porque, querendo ou não, tudo vai virando uma questão de rotina – é quando as mudanças da pré-adolescência surgem. O dia vai se tornando cada vez mais rotineiro e “chato”.
            É então que começamos a “fechar os olhos” para tanta coisa que devíamos notar, tantas coisas boas, e isso só aumenta a impressão de que não há tempo, que tudo é monótono e chato. Mas será que não há tempo ou nós não soubemos organizá-lo?
            “O tempo passa, não volta mais”. A gente passa a “correr” tanto que não nos damos conta disso. A vida está passando e deveríamos viver intensamente cada dia. Para isso, não precisa ir muito longe e viajar para outros lugares extraordinários, basta prestar atenção nas simples coisas que deixamos passar.
            Quando a professora disse que “50% da nossa vida gastamos pensando no que queríamos fazer”, fiquei surpreso, mas realmente é fato.
            Tem também a questão da vergonha. Antes, na infância, fazíamos tudo sem preocupar com o que o outro pensaria a respeito. Lembro muito bem que eu e minhas primas ensaiávamos músicas para depois apresentarmos, fingindo que éramos famosos, e isso nos fazia bem. E agora, temos vergonha de fazer aquilo, de falar isso, de agir daquela forma... Começamos a pensar muito se o outro vai achar bonito, ridículo, infantil, legal... Isso não é saudável, abaixa nossa autoestima e prevalece até hoje. A pessoa que consegue pensar “se está bom e bonito pra mim, não importa o que pensem” tem que ser perfeita para levar esse princípio adiante. Como ninguém é perfeito, todos nós nos preocupamos com isso.
            São tantas respostas que poderia até fazer um livro. Na verdade, quando abrirmos os olhos e percebermos que o tempo passou, pode ser muito tarde.
             Meu conselho a quem ainda é criança é que não deixe tudo isso se perder. Temos que crescer, amadurecer sim, mas não a ponto de deixarmos coisas incríveis passarem.
            Às vezes fico mesmo me questionando qual é o sentido da vida. Aliás, você está num corpo que Deus lhe deu, um corpo que tem emoções, sentimentos e seu tempo. Grosso modo, estamos de passagem na Terra. E, como uma linha do tempo, um segmento, um traço, tem início e fim. Muitas pessoas não gostam de falar disso, mas é a pura e indiscutível verdade. Nada é para sempre. Nem mesmo o que aprendemos, que pode ser mudado (o conhecimento) no futuro. Se você não aproveita ao máximo esse tempo, ele passa a ser curto demais e começamos a pensar: “nossa, como o tempo voa”. Ele só voa porque não temos a visão de futuro, que meu pai tanto diz.
            Pense: o que você quer daqui a três, dez, trinta anos? Casa, carro, família... Mas será que, quando pensar no seu passado, ele terá valido a pena?
            Nessas férias, tive uma experiência que não desejo para ninguém. Fui parar em alto-mar, de repente, com uma pranchinha em uma profundidade de, sei lá, 50, 60metros. Eu pedi a Deus que me deixasse aqui, afinal, não tinha cumprido a minha missão, ainda. E vi que não soube aproveitar o passado. Quer dizer, sim, aproveitei ao máximo a minha infância, mas senti que ainda não tinha feito tudo “valer a pena”. Foi um grande baque para mim. Graças a Deus, dois homens com um surfista conseguiram me salvar. Arriscaram suas vidas por um estranho, sendo que não ia fazer a mínima diferença para eles. Eu acho que isso é valer a pena, você ver tudo à sua volta e pensar no outro. Peço a Deus, todos os dias, que recompense esses homens.
            Acho que, se essa reflexão fosse feita antes desse terrível acontecimento, eu não teria feito tudo isso.
            Sabe o que estava pensando nesses dias? Por que eu, com 13 anos, não me lembro muito dos meus 5 ou 6 anos (ou dos 9, 10 anos) e meus avós, com 60, 70 anos, se lembram de tantos detalhes? Taí algo que não cheguei a uma ideia concreta, quem sabe talvez mais tarde eu tenha a resposta?
            A hipótese convincente a que cheguei foi que eles não se prendiam às coisas materiais, como fazemos hoje; o que importava eram os valores. Hoje, ficamos muito preocupados em estar conectados à Internet, a gastar horas e horas em frente ao computador, a postar sua vida no Facebook, que esquecemos de viver realmente. Do que adianta ter milhares de amigos virtuais, uma porção de seguidores, fotos postadas, se você não tem consciência da vida real? Consciência de trocar a vida real e próxima por um mundo virtual, surreal? De que você está perdendo a sua vida social?
            Não estou desvalorizando a Internet, ela é muito boa, legal, útil, mas deve ser usada com moderação.
            Tenho um colega que não é preso a nada disso. O máximo que tem é MSN e só usa raramente a Internet para a escola. Sim, ele é muito mais feliz do que outras pessoas que pensam que são.
            Tantas pessoas se cortam, se suicidam e ficam completamente abaladas e depressivas por motivos diversos. Imagine se você fosse um portador de câncer, de AIDS, e tivesse o seu tempo contado...
            Essas pessoas eram pra ser tristes, sem nenhuma perspectiva de vida. Mas, pelo contrário: elas não desistem de lutar e de fazer a vida valer a pena.
            A música “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”... começa a tocar em minha mente, mesmo não sabendo o título. “Queria ter me importado menos com problemas pequenos, ter visto o sol nascer. Queria ter trabalhado menos e até errado menos”... Está tudo fora de ordem, mas essa música mostra claramente que:
            “A felicidade não está fora de nós e não tão longe. Ela é, antes de tudo, um estado de espírito, uma coletânea de lembranças e sentimentos, uma maneira de ver a vida e não um determinado momento. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios”. “Devemos ver a beleza das coisas. Sorrir para o céu e o sol. Falar ‘eu te amo’ para todos”.   (São trechos de autores desconhecidos e algumas adaptações minhas).

Vote no Lar Maria Clara

Lar Maria Clara, instituição filantrópica de longa permanência para idosos, situada no município de Contagem, foi selecionado entre várias instituições de apoio ao idoso para concorrer ao Prêmio de R$ 50.000,00, do Projeto Brinde Solidário, promovido pelo Banco BMG S/A. A promoção tem por finalidade a escolha de instituições de apoio à terceira idade, eleitas nos termos do Edital, para recebimento de prêmios em dinheiro destinados à execução de obras de melhorias em suas instalações.

A votação, que será feita através do hot site http://www.bancobmg.com.br/BrindeSolidario/CHVote.aspx vai ocorrer do dia 15/03/2012 a 04/04/2012. Cada usuário, após cadastrar-se, pode votar apenas uma vez. A casa que tiver o maior número de votos recebe a quantia de R$50.000,00 para investir em infra-estrutura e melhores condições para os beneficiários.
Acesse o hot site, conheça o projeto e compartilhe essa campanha com amigos e familiares.

O Lar Maria Clara é uma das instituições visitadas pelos alunos do Colégio Santo Agostinho, no programa de voluntariado.  Por isso, estamos apoiando essa iniciativa do concurso. Se a instituição conquistar o maior número de votos, o dinheiro será destinado para a construção de um muro de arrimo na área próxima aos quartos da hospedaria, que vem sofrendo assoreamento e provocando rachaduras no piso e nesses quartos.


Lembramos que cada email e CPF só poderão ser cadastrados uma única vez, e que a confirmação será pelo email cadastrado. 

Após efetuar o cadastro, favor entrar no email e validar o voto.
Sua votação é muito importante. Não deixe de ajudar.

Via-sacra virtual

O tempo litúrgico da Quaresma renova a fé dos cristãos, aproximando-os do mistério da vida, morte de Jesus, preparando a celebração da ressurreição e páscoa do Senhor. O site da Arquidiocese de Belo Horizonte lançou a "Via Sacra virtual", uma página onde os leitores podem acompanhar as estações da via-sacra, fazendo a memória dos últimos acontecimentos da vida de Jesus. O site é enriquecido com belas ilustrações e procura meditar sobre a situação da saúde pública no Brasil, á luz do tema da Campanha da Fraternidade. 

Confira em: 
http://www.arquidiocesebh.org.br/site/noticias.php?id_noticia=3225

quinta-feira, 22 de março de 2012

Construindo um projeto de voluntariado



Nossos estudantes já começam a se movimentar, a procura dos trabalhos de voluntariado oferecidos e organizados no âmbito da pastoral escolar. Disponibilizamos o vídeo do Instituto Faça Parte, que tem ampa experiência nesse campo. Vejam como a ação voluntária demanda planejamento e organização! Quanto mais nos dedicamos a isso, melhor será o serviço prestado junto às instituições e pessoas que lá se encontram!

quarta-feira, 21 de março de 2012

A corrupção

Leitores amigos, compartilhamos uma bela reflexão do pe. João Batista Libânio, sobre o tema da corrupção, segundo a ótica cristã.


Há distância abissal entre o fato da corrupção e a "cultura da corrupção”. Enquanto existirmos, nós, seres humanos, seremos sempre tentados pelos três famosos deuses do dinheiro, do sexo e do poder. E enquanto estivermos nesse vale de contradições da história humana, uns mais, outros menos, todos pecamos. S. Paulo, de modo enfático, conclui, depois de ter traçado o quadro de pecado dos pagãos e dos judeus, símbolos de toda a humanidade, que "todos nós pecamos”. Mas não para aí. Onde este pecado grassou abundantemente, aí também a graça salvadora de Cristo atua ainda mais abundantemente. Todo esse cenário escuro existe em vista de fazer realçar o esplendor do amor salvador de Deus em Jesus Cristo.

Por isso, o fato do pecado, o dado da corrupção nos horrorizam. Sempre houve, sempre haverá. Mas, também sempre está o chamado de Deus à conversão, oferecendo a superabundância da graça.

A situação se degrada quando a corrupção se torna cultura. A cultura dita as regras do procedimento, cria comportamentos padronizados. Permite que as pessoas se entendam entre si. Representa para elas a realidade. Torna-se algo normal, corriqueiro. Oferece significado para a vida da sociedade. Revela a lógica dos procedimentos do corpo social. Ora bem, se a corrupção se transforma em cultura, acontece que todo mundo não a estranha, ninguém se indigna contra ela. Espera-se que todos assim o façam. Colocadas em situação de provocação a ela, as pessoas respondem normalmente deixando-se corromper ou corrompendo outras por meio de suborno, de pistolão, de prestígios alegados.

O mais grave da "cultura da corrupção” se revela na perda do senso ético da sociedade. Ninguém já considera tal comportamento como desviante. Assim desde o menino que está a guardar os automóveis no estacionamento que tenta pressionar as pessoas ameaçando arranhar-lhes o carro até os setores mais graduados da sociedade que se vendem às empreiteiras para elegerem-se e enriquecerem-se. Há diferença de graus. E como? Lá em cima, a corrupção rola em alta escala. Aqui em baixo, são minguados reais. Mas grassa idêntica enfermidade cultural. Prevalece o comportamento geral de que cada um aproveite quanto puder, não importa o meio. Domina a expectativa de enriquecimento rápido e fácil a fim de resolver definitivamente a própria situação econômica.

Em vez da cultura da laboriosidade, do ganho módico, gradativo, poupado, busca-se a riqueza em maior abundância possível, aproveitando todas as situações. Ora, cultura se modifica "culturalmente”. Cabe, portanto, reconstruir o tecido da sociedade a partir de outros comportamentos, outras expectativas, outros valores em duplo movimento. Antes de tudo, trata-se de desestimular a corrupção por todos os meios, punindo simbólica e realmente os corruptos. Em seguida, busca-se criar consciência ética de honestidade, de respeito a si, de dignidade de modo que a corrupção se torne comportamento anômico, anômalo, não reconhecido pela sociedade. Os fautores sentirão vergonha, esconderão o máximo possível, temendo que ela venha à luz. Então se cumprirão as palavras de Jesus: "Todo aquele que faz o mal odeia a luz, com receio de que as suas obras sejam desmascaradas” (Jo 3,20). E na sociedade então acontecerá que "aquele que age segundo a verdade vem à luz para que suas obras sejam manifestadas, já que tinham sido realizadas em Deus” (Jo 3, 21).
Fonte: http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=65361

Ação entre amigos



Alunos do 7º ano A depositaram R$ 1.182,80 como parte da AÇÃO ENTRE AMIGOS desenvolvida na turma com a ajuda da Professora Inês (História).

O sorteio será na sexta-feira no horário do recreio.

Parabéns aos alunos pela iniciativa e pela disposição e alegria em ajudar.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O voluntariado no Colégio Santo Agostinho

               
O mundo está mudando rapidamente e os jovens não querem ficar fora dessa mudança. Ao contrário: em muitos casos, são eles que estão à frente, abertos ao novo, munidos da inquietude de quem sabe que “um outro mundo é possível”, dispostos a criar relações mais afetuosas entre as pessoas e de maior cuidado com as múltiplas formas de vida do planeta. Basta olhar para casos recentes de mobilização ao redor do mundo – a primavera árabe, o Occupy Wall Street, os protestos por uma educação gratuita e de qualidade no Chile – e vemos que a mudança não se dará sem o apoio e participação da juventude.



No Colégio Santo Agostinho há ecos do despertar dessa nova consciência juvenil. Por meio da Plataforma Terráqueos, os alunos começam a refletir o seu papel no mundo e percebem que sua ação pode ajudar a tecer uma nova rede de relações e de interesses sociais, que giram em torno da qualidade de vida para os humanos, para o planeta e os animais.


Uma das áreas de atuação é a do voluntariado. O desejo de construir uma vida plena de significado e felicidade é algo próprio da vida humana. Esse desejo se busca em âmbito individual e coletivo: queremos ser felizes, mas nos realizamos ainda mais quando podemos compartilhar essa experiência com o próximo. Assim, afirmamos a solidariedade como um dos valores mais importantes na convivência entre as pessoas. No contexto escolar, a prática da solidariedade desperta virtudes essenciais para a cidadania, tornando-se um valoroso instrumento educativo.


Em 2012, a presença de nossos alunos em algumas instituições sociais está levando mais alegria, esperança e afetividade para crianças, jovens e idosos, tais como:


* Lar Maria Clara: situado no centro de Contagem, o Lar Maria Clara atende idosos de ambos os sexos, oferecendo-lhes infraestrutura para desfrutarem sua velhice dignamente, com acompanhamento médico, atividades recreativas e terapêuticas. Em suas visitas, nossos alunos fazem companhia aos idosos, promovendo atividades recreativas, artísticas e ocupacionais.





* Centro de Libertação da Mulher Trabalhadora: localizado em Ibirité, o centro de apoio social desenvolve atividades profissionalizantes para mulheres, possui creche para crianças de até 7 anos e acolhe crianças e adolescentes em situação de risco, encaminhadas à casa pelo Conselho Tutelar ou por órgãos governamentais de Proteção à Criança e Adolescente. Nossos alunos planejam e executam atividades pedagógicas com as crianças, destinadas ao desenvolvimento da leitura e da escrita, além de recreações, jogos cooperativos, aprendizagem musical e esportiva.


* Creche do Bairro Novo Boa Vista: nossos alunos desenvolvem atividades recreativas e lúdicas (oficinas de arte, artesanato, brincadeiras, leituras e jogos) para as crianças, auxiliando, também, no reforço escolar.

Mas o voluntariado não para por aí! Ao longo do ano letivo, diversas campanhas solidárias contam com a participação dos alunos que se mobilizam para arrecadar artigos de alimentação, vestuário e higiene, repassando-os para outras instituições beneficentes e campanhas de âmbito nacional e internacional (Projeto Ser Humano, no norte de Minas; campanha “Um dia sem sapatos”, Campanha Pró Haiti, Campanhas de arrecadação de agasalhos e roupas, campanhas solidárias no Natal).


Se você deseja participar, junte-se àqueles que já estão fazendo a mudança acontecer!
Informações: Depas (Departamento de Evangelização, Pastoral e Ação Social)

E-mail: depasct@santoagostinho.com.br
Tel.: 2103.0720

Coordenação: Jean Carlos
Agentes de Pastoral: Antonia Malta e Maicon Filipe

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dia de Vivência com professores e funcionários



Quando perguntamos às pessoas quais experiências de vida lhes foram marcantes, ouvimos relatos e testemunhos os mais variados: acontecimentos da infância, momentos delicados de perdas e rupturas, a fugacidade da vida diante da enfermidade, viagens e descobertas. Contudo, em todos esses múltiplos relatos, há uma característica em comum – o fato de toda experiência marcante e significativa ser vivenciada ao lado de outras pessoas, na partilha e comunhão.

Quase nada daquilo que verdadeiramente importa é vivido no isolamento ou na solidão. E isso diz muito a respeito de quem somos: seres humanos sedentos e inquietos, desejosos de uma vida que tenha sentido, beleza e leveza, mesmo quando vivida em meio às tormentas e desencontros.

Essa temática esteve presente no Dia de Vivência Agostiniana, encontro com funcionários e professores do Colégio, ocorrido em março.

Tendo como fundamento a espiritualidade cristã, sob a inspiração agostiniana que nos convida a “saborear” a dimensão da interioridade, o Dia de Vivência proporcionou aos participantes a oportunidade de um retiro repousante e vivificador, em que as tarefas cotidianas dão lugar à meditação, ao silêncio e ao reconhecimento da própria subjetividade, na tomada de consciência dos afetos, sentimentos, valores e ideais que norteiam a vida de cada um.

Na dinâmica proposta em 2012 partilhamos as marcas e momentos significativos vivenciados por cada um. Ouvimos histórias pessoais e familiares, sentindo o choro e o riso aflorarem. Alguns conheceram fatos das vidas dos companheiros de trabalho que evocaram emoção e surpresa, fortalecendo mais os laços de proximidade e companheirismo.

Como pano de fundo da vivência refletimos o relato bíblico dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35). Vimos que os discípulos se sentiam marcados pela experiência da dor e angústia: seu mestre, Jesus, havia sido condenado à morte de cruz e o destino da comunidade dos discípulos era incerto – “eles estavam com os olhos como que vendados”.

Tão vendados pela dor que não se aperceberam da aproximação de Jesus ressuscitado. Esse encontro, porém, foi decisivo: ajudou os discípulos a darem um novo significado à experiência dolorosa da perda.

De fato, refletimos que o encontro com o outro abre o coração a uma nova perspectiva. Abre o olhar para ver e compreender aquilo que antes não era visto, não estava claro. Isso acontece num ambiente de escuta do outro, na confiança e na solidariedade. Tem um efeito terapêutico: cura feridas e cicatriza marcas, recupera ânimos e forças para seguir em frente. É como a experiência do tempo que passa e nos permite olhar para o que passou com um novo sentimento, com um olhar de sabedoria e fé.

Quem passou pela experiência de encontrar um sentido para as marcas que recebeu da vida, pode também se perguntar: quais marcas quero deixar? Numa dimensão holística, acreditamos que as marcas impressas em nossa história permanecem e se tornam marcas para o mundo. Coletivamente, professores e funcionários confeccionaram as “pegadas” pelas quais desejam marcar a sua existência no mundo: solidariedade, compromisso com a vida, paz, fraternidade, compaixão...

Ao fim do relato bíblico, ao continuarem seu caminho rumo a Jerusalém, agora como testemunhas do Ressuscitado, os discípulos se perguntavam: “não estava o nosso coração ardendo, enquanto ele nos falava pelo caminho”? Que os nossos corações continuem pulsando nessa mesma vibração, desejosos de fazermos a diferença em nosso mundo...