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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Mesa redonda: 50 anos do golpe civil-militar

O estudo da história é algo fascinante: possibilita-nos conhecer épocas, culturas e valores cultivados por nossos antepassados e fatos que, de certo modo, permanecem influentes no tempo presente. Toda linguagem social herda elementos do passado: vocabulário, vestimentas, alimentos, modos de expressão dos costumes e tradições de um povo.

Uma oportunidade única, além do estudo, é poder ouvir o testemunho de pessoas que vivenciaram, pessoalmente, episódios marcantes da vida de um povo.

Os alunos da 3ª série do Ensino Médio desfrutaram dessa oportunidade: no dia 20 de maio, o Colégio Santo Agostinho recebeu os professores Apolo Heringer e Irles Carvalho, que atuaram em grupos de resistência à ditadura civil-militar que se instaurou no Brasil há 50 anos. Esse encontro integrou o projeto elaborado pelos professores de História e Língua Portuguesa, antecedido por leituras e estudos em sala de aula e pelo documentário "Duas histórias", que narra a história de Irles de Carvalho (e de Marco Meyer, que não pôde estar presente no debate), suas lutas, exílio e retorno ao Brasil. Um debate esclarecedor, rico em reflexões sobre o contexto histórico e social daquela época e cativante, por se tratar de histórias de vidas, sonhos e perdas, esperanças e sofrimentos que esses personagens experimentaram com intensidade em suas próprias biografias.

O estudo e a escuta desses testemunhos históricos se plenificam de sentido quando ampliam a compreensão e a consciência do que vivemos no presente. Assim, Apolo e Irles propuseram reflexões que certamente auxiliaram a formação da consciência política e social dos estudantes, possibilitando uma compreensão mais ampla dos desdobramentos e consequências daqueles fatos na história atual.


Projeto Tribunarte

  Tribunarte: um projeto que veio para ficar! Essa foi a sensação dos professores participantes e dos alunos do 9º ano do Colégio Santo Agostinho. Esse projeto consistiu, em sua primeira edição, na reflexão sobre o papel das câmeras de segurança nos espaços públicos : são um auxílio necessário para as políticas de segurança pública ou representam uma distorção ao legítimo direito à privacidade dos cidadãos?
            Idealizado pelo professor Jean Otoni, o projeto foi desenvolvido em diversas etapas e atividades. Previamente, os alunos estudaram textos que os municiaram de argumentos e informações a respeito do tema proposto. Organizaram-se dois grupos: os que defenderiam a utilização das câmeras e os que argumentariam contrariamente a esse uso, em vista do direito à privacidade. Foram realizadas atividades diversas que compuseram o projeto:
  • "blitz literárias", com a confecção de materiais com frases e pensamentos;
  • abaixo-assinados, em que os estudantes puderam colher a impressão dos seus colegas de outras séries e também dos funcionários da escola a respeito do tema;
  • confecção de logotipos e pôsteres informativos que movimentaram toda a escola em torno do assunto.
            E, enfim, o esperado dia do debate (21 de maio), organizado com muita seriedade, regras bem elaboradas e claras, e a exposição do tema pelos debatedores e as discussões levantadas em torno da temática.
            A finalidade do projeto consistia no exercício correto da linguagem padrão, na construção de argumentações coerentes que constituíssem uma continuidade lógica ao tema (sem desviar dos assuntos em pauta) e o desenvolvimento do discurso oral, utilizando-se dos recursos linguísticos adequados.
            Após a execução do Hino Nacional foram apresentados pelas turmas os hinos cantados em forma de paródia ou composições próprias; os presidentes de turma compuseram a mesa, junto à Comissão Técnica e os respectivos debatedores deram início aos trabalhos.
            Com rigor nos aspectos formais e seriedade nos procedimentos, as discussões foram bem conduzidas pelo professor Jean Otoni, o presidente da Tribuna. Era notável o trabalho de preparação dos alunos, que dispunham de textos, dados, gráficos e outras informações que os auxiliaram na hora de construírem ou rebaterem os argumentos em pauta.
            Segundo uma das célebres frases de Sócrates, "uma vida irrefletida não vale a pena ser vivida"! Os alunos do 9º ano assumiram com grande sentido e significado a sua reflexão, experimentando a arte da argumentação bem elaborada e do exercício democrático do diálogo num contexto de pluralidade de ideias. Seguindo critérios delineados previamente, as turmas ganhavam ou perdiam pontos.
        Quem ganhou, ao final? Todos ganharam! Todos os envolvidos estão de parabéns por essa iniciativa, mostrando que a aquisição de conhecimentos, embora seja uma tarefa de árdua dedicação, pode ser construída numa atmosfera lúdica e criativa, transcendendo o fardo cotidiano do ato de estudar.









terça-feira, 13 de maio de 2014

Relatos e experiências do voluntariado em 2014

Vejam o relato que a aluna Isabela Medeiros do 8º D escreveu a respeito dos inícios das atividades do voluntariado na CEPA: 

"Nessa manhã de sexta-feira, uma magia tomou conta do Cepa e sorrisos e gargalhadas ecoavam por todos os espaços. Os alunos dos 8º e 9º anos do turno da tarde, de caras pintadas, foram levar uma experiência de alegria aos garotos, com oficinas de maquiagens diversas: princesas, zumbis, machucados falsos; também tivemos histórias, brincadeiras de roda e muito mais. 
Foi pouco o tempo do encontro, mas responsável por uma alegria que duraria o dia inteiro! Os alunos? Saíram felizes e com a sensação do dever cumprido. 
Por menos tempo que você tenha a se dedicar ao outro, dedique-se bem! Isso pode fazer diferença por toda a vida!" 

(Isabela Medeiros Romeiro - 8º D)