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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Celebrando a espiritualidade agostiniana no Colégio


Em agosto, tradicionalmente celebramos o “mês agostiniano”, ocasião em que nos recordamos de modo especial da pessoa de Santo Agostinho, seus pensamentos e, sobretudo, sua vida dedicada ao próximo, aos estudos e à busca de conhecer a Deus, por meio da fé cristã.

No dia a dia do colégio, algumas atividades expressaram a vivência de valores tão caros a Santo Agostinho, tais como a espiritualidade, a alegria da vida fraterna em comunidade, a reflexão sobre questões fundamentais para a existência humana. 

 
No Ensino Religioso, os alunos aprofundaram seus conhecimentos a respeito de textos e pensamentos de Santo Agostinho. Textos que abordavam os conceitos de justiça e verdade, amizade e interioridade e vida em comunidade. A cada um desses temas correspondia uma vivência cujo intuito era perceber como eles são atuais e importantes para as escolhas humanas e para o exercício da cidadania numa sociedade tão plural e diversificada quanto a nossa.

No dia 25 de agosto, as 3 unidades do Colégio Santo Agostinho se reuniram para celebrar, na comunhão eucarística, a memória desse santo que é considerado um dos “pais” da Igreja, tamanha a importância dos seus escritos para a compreensão da fé cristã. Essa missa também foi a primeira celebração eucarística presidida por frei Alexandre, que acompanha a caminhada pastoral no colégio de Belo Horizonte. 


Em sintonia com as 3 unidades, confeccionamos a “Expo-agostiniana”; uma mostra de fotografias da participação de professores e alunos no Encontro de Jovens Agostinianos (EJA) em São Paulo e na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Esses encontros foram muito significativos para esses jovens e professores, alimentando sua experiência de fé e seu senso de pertença à comunidade cristã e agostiniana.
 
 

Com chave de ouro, fechamos o mês com uma atividade muito marcante e saborosa com os professores e funcionários. Durante os intervalos de descanso, sentimos o sabor do “café com prosa”: à partilha do pão, acrescentamos a partilha das histórias e vivências, das recordações e emoções que as acompanham, possibilitando o cultivo de um ambiente de trabalho onde a amizade, o respeito ao próximo e a acolhida do outro se tornam gestos verdadeiros e sustentam as relações entre as pessoas que aqui trabalham. Tudo isso faz parte do “jeito agostiniano de ser”. A esse respeito, recebemos os seguintes depoimentos dos participantes:

 Tive a grande oportunidade de participar nesta semana do Projeto "Café com Prosa", brilhante ideia do Departamento de Pastoral, dentro do mês agostiniano. No meio de broas, biscoitos, pães e doces, as histórias se desenrolaram. Aquela pessoa escondida em um uniforme ganhava relevo ao compartilhar fragmentos de sua história familiar.
Histórias carregadas de afeto e de emoção, vindas lá do fundo da memória... dos tempos de criança. Histórias que fizeram o "sem graça" do biju, ter gosto de infância.
E o biscoito frito no fogão de lenha, aceso antes do nascer do sol? Tudo isto para que os colegas de trabalho pudessem desfrutar deste luxuoso mimo.
Nesta partilha senti que a vida de um se enrolou na vida do outro. O automático gesto de tomar café, ganhou o grave sentido de partilha de vida e de cumplicidade. Dali, sair e voltar para o trabalho ganhou outro sabor.
Cruzo com um e com outro e, no bom dia ou boa tarde, consigo ver também o tanto de humano e de gente há em cada um que se preocupou para que o colega pudesse experimentar o poder regenerador do Café com Prosa
Aleluia

Heringer - diretora

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Professores e alunos do Colégio Santo Agostinho participam da Jornada Mundial da Juventude.


 


Em julho, no período do recesso, acompanhamos pelo noticiário os eventos relacionados à Jornada Mundial da Juventude e à visita do Papa Francisco ao Brasil.

A alegria e a força dos jovens, a serena humildade do Papa Francisco e o clima da religiosidade popular estiveram presentes durante aqueles dias. Embora fosse um evento organizado pela igreja católica, o Papa ressaltou, desde o início, que veio se encontrar com todo o povo brasileiro, e com todas as juventudes do mundo, em sua diversidade de crenças, culturas e costumes.

Os agostinianos também marcaram sua presença nesses eventos. Professores e alunos dos três colégios da região mineira, juntamente com a Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia puderam vivenciar de perto a Jornada Mundial da Juventude.    
 
Ana Beatriz, Fabiola, Kátia, Luana
Letícia, Maria Eduarda, Lorena,
Cecília, Antonia e Marina (além de Maicon e Lucas)
representaram o CSA- Contagem na Jornada Mundial da Juventude

 Foram dias de muitas caminhadas e peregrinações, encontro com pessoas do mundo todo, oração e reflexão sobre o rosto da juventude de hoje e a sua vivência religiosa. O ponto culminante foi a vigília na praia de Copacabana, onde mais de dois milhões de jovens dormiram à beira da praia, ao som das ondas e sob o céu estrelado. A vigília terminou na manhã do domingo, quando o Papa celebrou a eucaristia e o encerramento da Jornada. Suas palavras encorajaram os jovens a serem agentes de transformação do mundo, protagonistas de gestos de solidariedade com os mais pobres, compromisso com a justiça social e com a paz entre as pessoas e povos.

Que possamos, todos, nos comprometermos com esses valores!

 
 




 
 
 
 


 



 
 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PERDIDOS e ACHADOS: o que é mesmo que perdemos?



Há algum tempo venho observando a “arara”, ou cabide, onde são pendurados os objetos encontrados e que aguardam seus donos. De uma forma bem empírica, três detalhes me chamam a atenção neste suporte: primeiro, o aumento do número de objetos perdidos; segundo, o aumento do valor e a diversidade de objetos ; terceiro, que a procura pelos objetos perdidos vem diminuindo.

Talvez menos de uma década atrás, se um estudante perdesse um agasalho, antes de voltar para casa ele já estaria correndo atrás. Isto porque, ele só tinha aquele, o próprio, o único “agasalho de ir para a escola” ou por medo da reação da mãe ou do pai. Perdeu? Vai ficar sem, até encontrar! Era assim e ponto final.

Hoje é muito diferente. São vários os agasalhos. Um a mais ou um a menos não irá fazer diferença. Poucos sentem falta e, menos ainda, têm o interesse ou se dão o trabalho de recuperar. O sujeito que perdeu, o estudante no caso, nem participa desta história. Isto é problema da mãe ou da avó. Talvez pela facilidade em comprar um novo. Perdeu, compra outro. Subtexto? O dinheiro recupera a falta.

Outro aspecto importante, coisa de cinco anos atrás, é que não se levavam para a escola “objetos de valor”, pois somente os adultos os possuíam. Trabalharam, deram duro para conseguir tais objetos; sinal de distinção. Hoje, criança com menos de dez anos de idade tem iphone, celular de “última geração” (se é que existe isto), relógio com todas as funções, mochila, tênis, maquiagem... tudo de “marca”.

Considero que a tal da “arara” está lá para falar também de nós. Podemos ler em sua imagem que o desejo que deveria mover as crianças e os jovens a lutarem para ter ou conseguir algo, não é desenvolvido e nem mais necessário. Antes que venha o desejo, o objeto está nas mãos. Com a mesma facilidade que chega, ele vai. Como não houve esforço para conquistá-lo, e muito menos necessidade, não há sofrimento pela sua ausência. Perdeu, compra outro.

Quando criança lembro que no Natal o presente era “estrategicamente” o sabonete, o estojo, o caderno, a meia e outros objetos indispensáveis para a higiene pessoal ou para a vida escolar. Estavam relacionados à utilidade. A pergunta era: você está precisando? É necessário? Lembro, como se fosse hoje, da dificuldade e de quantos dias (talvez semanas), precisei negociar com meus pais para ganhar um “bambolê”, brinquedo que estava na moda. Foi assim também com a tal da “tartaruguinha” (naquela época ainda achava que animal era coisa, igual a uma cadeira!). Aquele mundo era, sim, desprovido de muitos objetos, porém não acompanhado da ideia de escassez ou sinal de pobreza. Mundo nada “cor-de-rosa”, mas rico na pedagogia de talhar caráter e no ensino sobre o valor de cada coisa.

Este registro pessoal pode entrar para a galeria dos registros históricos (“naquele tempo era assim...”). Que assim seja. Contudo, não podemos negar que, apesar do excesso de objetos que carregam as “araras”, não ficamos “mais ricos” de experiências, nem mais felizes, e nem mais plenos. O contraponto pode estar na pergunta: em que medida, aquilo que me re(veste), e que possuo, fala de mim? Quantos agasalhos, sapatos, bolsas, mochilas, carros etc. eu preciso “para encher o que tenho de fundo”?


Aleluia Heringer Lisboa Teixeira