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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um dia quase sem lixo



A criança desenvolve com mais sensibilidade o gosto, o amor pela natureza e os cuidados que devemos ter com ela. Partindo do princípio de que a educação ambiental é um processo longo e contínuo, no qual se devem mudar os hábitos e atitudes, realizamos com as turmas do Maternal um dia diferente para trazer o lanche. Propusemos às famílias que enviassem o lanche de seu filho em vasilhas retornáveis. Assim, pudemos comparar a quantidade de lixo que produzimos, normalmente, durante o lanche do Maternal com o dia em que os lanches vieram em vasilhas retornáveis. Confiram as fotos.


Professoras Fernanda e Roberta.


Cf.: http://ct.santoagostinho.com.br/visualizacao-de-noticias/pt-br/ler/273/noticias-do-maternal-um-dia-quase-sem-lixo



Alunos do CSA participam da Mini-ONU



Em outubro a PUC Minas sediou a conferência da MINI-ONU, projeto desenvolvido pelo Departamento de Relações Internacionais da universidade com o objetivo de estudar e levar, para os alunos do ensino médio, temas de relevância na atualidade, no âmbito das relações diplomáticas, políticas e econômicas entre os países. Do Colégio Santo Agostinho de Contagem, 33 alunos se inscreveram no evento, participando das palestras e grupos de debate.

Conferências como esta são denominadas de “simulações da ONU” e acontecem em diversos lugares do mundo, com temas variados. Segundo os organizadores, esses modelos de simulação são “uma alternativa para o aprendizado tradicional, unindo a prática com a teoria das relações internacionais (ou política internacional), ensinando práticas parlamentares e conceitos de civismo”.

De acordo com Plínio Lucas, da 1ª série A, “a Mini-ONU pode ser uma simulação, mas estar lá é muito real: o ambiente é similar ao que existe nas reuniões internacionais reais, que tratam dos diversos problemas que acontecem no mundo”.

A Mini-ONU organiza-se a partir de diversos comitês e os alunos se inscrevem em delegações que representam os países participantes, defendendo seus interesses, posturas diplomáticas e políticas desses países diante de questões em evidência.

Para Plínio, “esta experiência desperta em nós uma vocação para estudar o curso de Relações Internacionais. Vale a pena sentir que podemos mudar as coisas por meio da paz e do diálogo. Agradeço ao colégio por nos oferecer essa oportunidade de participar e de proporcionar o apoio necessário (transporte, apoio pedagógico etc.). Que essa experiência possa se repetir nos próximos anos”!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Alunos do CSA visitam creche na comunidade Novo Boa Vista


"Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras pessoas."
Eduardo Galeano

           

Em outubro, fomos convidados pela diretora Aleluia a comemorarmos a Semana das Crianças de um jeito diferente: por meio de um gesto solidário, ela propôs que ajudássemos uma creche em construção no bairro Novo Boa Vista.

Com a inestimável colaboração de Líliam Las Casas e das professoras da Educação Infantil e com a adesão de numerosas famílias e alunos desse segmento, foram arrecadadas centenas de brinquedos, roupas e calçados, em vista desse objetivo.


Na mesma época, motivados pelos debates nas aulas de Ensino Religioso, vários alunos do 9° ano do Ensino Fundamental solicitaram às professoras que os auxiliassem a organizar uma ação solidária junto a algum segmento de nossa cidade: moradores de rua, crianças ou idosos. Os alunos manifestaram claramente que tais debates enriquecem o pensar, ampliam o horizonte dos conhecimentos, mas por si só não bastam: é preciso aliar as teorias aprendidas na sala de aula a uma prática condizente. Apenas falar de solidariedade e de mudanças é insuficiente – é preciso “fazer acontecer”.

E é a esse fazer que damos o nome de cidadania: é a consciência de que não só é possível desejar uma sociedade melhor mas, sobretudo, é possível construir, de fato, essa sociedade que almejamos, um mundo mais justo.

É gratificante constatar que essa consciência vem sendo cultivada nas mentes e corações de nossos alunos, no conjunto da vida escolar. Afinal, a escola se propõe a isso mesmo: ajudar a formar cidadãos, pessoas que nutrem o respeito pela vida, pelo outro, que entendem que o cuidado com o bem comum depende de cada um e de todos.

No decorrer deste ano, tivemos na Plataforma Terráqueos uma ferramenta que mexeu com muitas pessoas no colégio, fazendo-as refletir, partilhar ideias e esforços, tendo como fundamento a compreensão de que “um outro mundo é possível”, um mundo onde as pessoas preservam e cuidam da vida em todas as suas formas: a vida do seu semelhante, a dos animais, a do planeta como um todo. 


A ação dos nossos alunos e seus familiares está, pois, inserida nesse movimento maior. Parafraseando Gandhi, estamos aprendendo a “ser a mudança que desejamos ver no mundo”.

E isso nos conecta diretamente à creche mencionada. Essa creche nasceu do sonho de dona Madalena, uma sexagenária no bairro Novo Boa Vista. Vendo as necessidades das crianças e idosos daquela comunidade, não cruzou os braços. Ao contrário: se pôs em movimento, fez contatos com outros moradores, amigos e conhecidos e, tijolo por tijolo, está construindo um centro de atendimento, onde crianças já são acolhidas durante a tarde, recebendo o acompanhamento de jovens do próprio bairro que ensinam brincadeiras, danças, atividades recreativas. Ainda há muito que fazer: pintura nas paredes, instalações elétricas adequadas, móveis etc. O sonho de dona Madalena é fazer a creche desabrochar, atendendo ainda mais crianças do bairro, e abrindo espaço, também, para os idosos receberem atendimento médico e ocupacional.

O desafio para aqueles que visitaram a comunidade é inspirar nos demais novos gestos solidários e, criativamente, buscar modos eficazes e permanentes de contribuir para a mudança e melhoria dessa realidade.

Mãos à obra!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CSA Contagem recebe o Selo Escola Solidária 2011



           O Colégio Santo Agostinho foi uma das 7 escolas de Contagem a serem reconhecidas pelo Instituto Faça Parte com o “Selo Escola Solidária” em 2011.
        Este reconhecimento é fruto de uma semente lançada há 10 anos, quando a ONU instituiu o “Ano internacional do voluntariado”, obtendo o apoio e a adesão de 123 países.
      Dessa iniciativa, surgiu no Brasil o Instituto Faça Parte, que visa divulgar e gerir atividades voluntárias e solidárias em nosso país. Nesses 10 anos, o instituto continua promovendo ações em todo o território nacional, mobilizando aproximadamente 20 milhões de pessoas, conforme estimativas do próprio instituto.
           Em 2003 foi criado o Selo Escola Solidária, pelo qual o Instituto identifica e reconhece as escolas que abrem suas portas para a prática do voluntariado, tornando-se, assim, verdadeiros núcleos de cidadania em meio às suas comunidades. Desde a sua criação, o Selo já foi conferido a mais de 20 mil escolas em todo o Brasil, envolvendo as redes particular e pública de ensino.

Alunos voluntários no Centro de Libertação, em Ibirité

               Esta é a terceira vez que o Colégio Santo Agostinho recebe o reconhecimento do Selo Escola Solidária. As outras ocasiões foram em 2005 e 2007. Em 2011, o projeto reconhecido foi o trabalho desenvolvido no Centro de Libertação da Mulher Trabalhadora (CMLT), em Ibirité. Um grupo de 12 alunos e 01 agente de pastoral escolar visita semanalmente o CMLT, desenvolvendo atividades lúdicas, esportivas e pedagógicas com as crianças inscritas no Centro.
               Para Maria Eduarda, uma das alunas que participam desse projeto, “fazer o trabalho voluntário na creche foi uma das melhores coisas que aconteceu comigo até agora, pois ali eu posso ajudar o outro, fazendo-o feliz e me fazendo feliz”. Duda, como é carinhosamente conhecida pelos amigos e colegas na escola, aproveita para contar um pouco da rotina na creche: “na sala onde dou o apoio, as crianças tem entre dois e três anos. Quando chego, percebo o carinho delas por nós, voluntários, por meio dos sorrisos e alegria estampados em seus rostos. Eu ensino tarefas como recortar, pintar, jogos de memória, de montar peças etc. E as crianças me ensinam a sorrir e a entender que não existe diferença entre ninguém”. 
           Outra aluna que tem aproveitado muito a experiência do voluntariado é a Ana Flávia: “o voluntariado é uma experiência diferente e, sinceramente, incrível. Muita gente acha que é apenas chegar na creche e ficar lá com os meninos, mas estão muito enganados. Voluntariado é ser capaz de ver como as crianças sofrem e levar até elas todo o amor, alegria, princípios e carinho. Para mim, é mais que um prazer: é uma recompensa enorme e que me dá muito orgulho”. 
          O voluntariado ajuda a fortalecer os laços de amizade e companheirismo entre aqueles que participam. Segundo Heloísa Ferreira, “a creche representa muito em minha vida, pois nesse ano aquelas crianças me ensinaram muito: cada história compartilhada, cada sorriso, cada abraço, até as lágrimas, nunca serão esquecidas! Estar lá com minhas amigas é o que faz cada visita ser mais especial ainda”!
           E, para aqueles que já acompanham o trabalho há mais tempo, como Amanda Martins, é notável como as crianças cresceram, em todos os aspectos: “Tenho muito orgulho de todas as crianças, cresceram tanto que nem parecem mais os meus "lindos bebezinhos" de fevereiro, mesmo tendo somente 5 anos. Há semanas que é muito difícil, pois algumas vivenciam fortes conflitos familiares. Quando acontece, elas ficam muito sensíveis, choram por tudo, e é aí que percebemos o quão importante somos para elas. Ir à Ibirité simplesmente me anima, é o que me faz querer sempre o melhor para com os outros”!
         Parabenizamos todo o grupo de voluntários que se dedicam semanalmente a organizar, planejar e executar as atividades no Centro de Libertação. Agradecemos a diretora do Centro, Maria Schulze, pela parceria empreendida e pela confiança e apoio que oferece aos alunos do Colégio, assim como a todas as professoras e funcionárias do Centro, cuja dedicação e amizade são imprescindíveis para que esse trabalho continue dando frutos.