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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Catequese Familiar 2013 - rumo a uma nova etapa


No dia 28 de outubro, uma turma dos alunos da Catequese Familiar celebrou a sua 1ª comunhão eucarística. Momento festivo para eles e seus familiares, que participaram da celebração com emoção e fé.

Parte da preparação para a comunhão eucarística, e que deixou muitos apreensivos, foi a confissão, celebrada no sacramento da reconciliação. Apreensivos porque era a primeira vez que muitos estavam diante de um padre, confidenciando suas faltas, fraquezas pessoais e omissões. Mas, sobretudo, uma experiência de leveza, ao vivenciarem, por meio do diálogo com o padre, aquilo que a fé nos aponta: Deus é como pai e mãe – amoroso e paciente (na compreensão e perdão das nossas faltas e fraquezas), embora exigente (pois sabe que somos capazes de superar nosso comodismo e atitudes egoístas).


A todas as famílias, fica agora o desafio: continuar proporcionando aos filhos novas oportunidades para amadurecerem a fé. A esse respeito, a diretora do colégio, Aleluia Heringer, dedicou uma breve reflexão aos alunos e seus familiares – ao amadurecerem sua fé, cabe agora a pergunta: como traduzi-la em atitudes e gestos? Afinal, como apontou o evangelho do dia (Mc 6, 30-46), Jesus sentiu compaixão daqueles que sentiam fome e, dessa compaixão, inspirou da comunidade um gesto concreto: a partilha dos pães. Portanto, se em nossa vida cotidiana (no colégio, em casa, na comunidade), soubermos traduzir a fé em gestos e atitudes reais, seremos agentes de transformação e de mudanças no mundo!

A celebração foi marcada pela participação massiva dos familiares e amigos dos catequizandos e por uma bela e sincera homenagem dos pais ao catequista Maicon, que acompanhou e coordenou os encontros ao longo do ano.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pessoas mortas nas ruas: quem se importa?

Eu acredito que um lugar e um povo não são definidos e julgados
apenas pelos seus feitos e conquistas, mas também
pela sua compaixão e pelo seu sentido de justiça.
No futuro, será nessa fronteira que todos nós seremos postos à prova.
(Bruce Springsteen)
 
            O dólar aumenta, o embaixador é demitido, o bilionário perde sua fortuna, juízes reivindicam aumentos de salários, times ganham e perdem partidas nos campeonatos. Celebridades casam e descasam ou saem às compras com seus “pets” perfumados e bem enfeitados.
            Invariavelmente, são essas as manchetes que ocupam as capas de jornais e os assuntos em muitas conversas à frente das TVs, em bares ou nos intervalos de descanso nas empresas em que trabalhamos. Esses assuntos se tornam a pauta no dia a dia, tanto nos meios de comunicação, como em nossos corações e mentes.
            Entretanto, um fenômeno estudado recentemente pelos sociólogos refere-se à invisibilidade social: diz respeito às pessoas ou grupos sociais desprovidos de reconhecimento no seio das relações sociais. Embora existam de fato, na prática são relegados à irrelevância – quase como se não existissem, como se invisíveis fossem.
            A invisibilidade social atinge várias categorias profissionais: são garis, faxineiros, garçons, catadores de papel e outras categorias que, embora exerçam importantes tarefas na complexa teia que compõe a vida de uma sociedade, não são reconhecidos, em geral, como sujeitos, isto é, como pessoas em si mesmas, mas como meros “elementos operacionais”, peças de uma engrenagem, facilmente substituíveis.
            Outra categoria invisível aos olhos de muitos é a dos moradores de rua: mendigos, crianças nas praças e semáforos, andarilhos, pedintes. Embora invisíveis, existem – e existindo, têm histórias para contar! O que os levou às ruas? Como se sentem? Têm sonhos e desejos a realizar?
            Geralmente, são chamados de “marginais”, ou seja, estão às margens do nosso convívio social. Mas, e entre eles, como se dá o convívio? Quais margens se estabelecem – solidariedade, respeito, violência, normas e regras...? Como satisfazem suas mais básicas necessidades humanas (fisiológicas, afetivas, espirituais)? Para sabermos disso, precisamos, também, romper as nossas margens: preconceitos, medo, indiferença, insensibilidade...
            Estima-se que a população de rua em Belo Horizonte é composta por cerca de 2000 pessoas. Nos dois últimos anos, 100 pessoas moradoras de rua foram mortas em situações diversas. Em Goiânia, somente no primeiro semestre deste ano, mais de 60 pessoas moradoras de rua foram assassinadas. Entre 2008 e 2012 foram registrados 530 incêndios em favelas de São Paulo, segundo dados do Corpo de Bombeiros daquela cidade. Como isso repercutiu em nossa sociedade? Quais mudanças aconteceram, quais medidas estão sendo tomadas? Ainda estamos no campo da invisibilidade...
            O Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Material Reciclável – CNDDH alerta e denuncia que essas mortes não são aleatórias. Há uma questão silenciosa, que acoberta e explica muito a realidade atual: a exploração imobiliária e a concorrência virulenta entre as empresas do ramo que disputam a propriedade dos terrenos vagos nos grandes centros urbanos. Segundo Frei Gilvander, num texto publicado em 2012, o depoimento do Sr. Luiz Vida, colhido pelo jornalista Pedro Rocha (do E. Minas) ilustra bem essa situação:
 
“O termo ‘morador de rua’ não condiz com a verdade”, diz. “As ruas são ocupadas pelos carros, não há espaço para outros, somos como os extraterrestres. Viemos para invadir um terreno ocupado”, diz Luiz, que sabe o incômodo que representa para o “resto da população”.
 
                Nesse contexto, o CNDDH denuncia a chamada “política higienista” em voga nas grandes cidades: restringem-se cada vez mais as possibilidades de as pessoas se alojarem nos passeios e praças – um caso emblemático foi o da prefeitura de Belo Horizonte, que em 2012 inaugurou um novo padrão de construção de viadutos, colocando estruturas de pedras disformes, que impedem qualquer pessoa, por exemplo, de dormir ali. Há denúncias de que agentes públicos, junto com a polícia militar, durante as madrugadas, passam pelas ruas recolhendo e retirando dessas pessoas os seus cobertores, remédios e pequenos pertences. O CNDDH lembra que há um Decreto Federal que regulamenta as Políticas Públicas para as pessoas nessas condições, e que no alicerce dessas políticas prevê-se o resguardo da dignidade das pessoas. A atual situação em grandes centros urbanos no país mostra a evidência de um verdadeiro extermínio dos moradores de rua.
            Um extermínio silencioso, que não muda em nada as nossas vidas cotidianas.
            Um extermínio gritante, pois denuncia que as nossas vidas estão cada vez mais entorpecidas pela indiferença diante do pobre, do pequeno, do desvalido. Enquanto isso, continuamos a nos preocupar com os celulares, os placares dos jogos e das vidas frívolas das “celebridades”...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Alunos do Colégio Santo Agostinho - Contagem visitam crianças no Hospital da Baleia

O projeto pastoral do Colégio Santo Agostinho privilegia atividades que envolvam os alunos em iniciativas de voluntariado. Organizamos trabalhos continuados com pequenos grupos, que visitam e atendem creches e instituições de promoção social com públicos que vão desde crianças até idosos. Essas visitas são regulares e o trabalho voluntário possui um cunho formativo: nele, os alunos aprendem a trabalhar em equipe, organizar atividades educativas e recreativas, avaliar o trabalho feito e se programar para novas atividades. O voluntariado, portanto, no âmbito da formação dos alunos, se insere como uma prática de cidadania e de formação humana. Não é, portanto, uma ação assistencialista, embora envolva, também, campanhas e doações de alimentos, roupas e utensílios diversos.


  

            A proposta do voluntariado cativa muitos alunos, que desejam fazer parte desses grupos e ações. Pensando, pois, em abrir as portas para um número maior de participantes, promovemos algumas atividades esporádicas, que possibilitam a muitos alunos que não podem se engajar em grupos ordinários a, ao menos, fazer a experiência de uma visita ou participar de alguma ação específica.
            Após o recesso do julho, um pequeno grupo de alunos do 2º ano do Ensino Médio organizou, por iniciativa própria, uma visita ao Hospital da Baleia, com o intuito de passar a tarde com crianças em tratamento de câncer. Munidos de fantasias, brincadeiras, muito senso de solidariedade, conversaram, cantaram e divertiram as crianças e seus familiares, numa mostra de como é importante e gratificante dedicar-se ao bem do próximo. Seguem, abaixo, fotos e relatos dessa experiência.
 
“É bom demais fazer o bem, todos tinham que ver o rosto das crianças quando a gente chegava. Quando eu via o sorriso no rosto daquelas crianças, mesmo naquela situação, muitas com câncer e tumores graves e paralisias, ainda conseguirem sorrir com apenas algumas palhaçadas e bolhas de sabão, não existia nada mais gratificante e recompensador, foi a melhor coisa do universo. Inexplicável a sensação de fazer sorrirem aquelas crianças que só precisam de apoio e de um sorriso no rostinho. Essas crianças são verdadeiras guerreiras, pois a cada dia que passa vencem uma batalha. Aprendi muito, cada vez que fizemos vocês sorrirem, ganhamos o nosso dia! Deus abençoe cada uma de vocês.” (Vinicius Ribeiro)
 
“O segredo é fazer tudo com o coração, sem esperar recompensas ou reconhecimento de ninguém! Deixe a vaidade de lado e faça tudo com amor”! (Virgínia Braga)
 
Tornar real a alegria que muitas crianças daquele hospital sonhavam por algum momento me fez perceber que pequenas atitudes podem, sim, mudar a vida de uma criança, torná-la mais confiante em si, para ter mais força para lutar contra a doença. A visita ao Hospital da Baleia fou uma experiência abençoada, única e inesquecível”. (Mariana Bessas)
 
“Foi uma tarde muito prazeroza, não esperava que uma atitude tão simples pudesse fazer tão bem! O sorriso de cada criança foi a melhor recompensa que poderia ter, é uma gratificação muito grande e, com certeza, faremos de novo!” (Vittoria Pedrosa)
 
“Chegar a um ambiente onde, na maioria das vezes, se vê muita tristeza e saber que somente com a presença amiga e simples gestos e brincadeiras, podemos mudar o dia e renovar as forças daqueles que ali estão não tem preço! A alegria e emoção são inexplicáveis. Atitudes assim não nos custam nada, a não ser reservar uma pequena parte do nosso tempo e nos entregarmos de alma e coração a eles”. (Bruna Sampaio)
 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

História de Santo Agostinho

Caros leitores, vejam que belo vídeo sobre a história de Santo Agostinho as crianças da Escola Santo Agostinho de Bragança Paulista produziram.

Médicos estrangeiros no Brasil

“Logo que, numa inovação, nos mostram alguma coisa de antigo, ficamos sossegados." (F. Nietzsche)
 
            É reação muito comum às pessoas que, diante de algo desconhecido, sobrevenham anseios, temores e a dificuldade de lidar com o novo que se apresenta. E isso se dá não apenas em âmbito individual: grupos sociais e mesmo nações hesitam diante de fenômenos que representem uma ruptura dos seus costumes já enraizados nas mentes e corações da cultura de um povo.
 
            Com a distância dos tempos, alguns episódios são, inclusive, relidos com um tom de humor. Na primeira década do século XX, em 1904, um episódio conhecido como a “revolta da vacina” ilustra bem essa realidade: diante de uma situação de precário saneamento público e vendo o avanço da varíola no Rio de Janeiro, o sanitarista Oswaldo Cruz foi designado para implementar um plano de ações que pudessem combater a doença. Entre elas, o governo do Rio decretou uma vacinação obrigatória na população, que se revoltou e foi às ruas protestar. Em meio a diversos boatos, a população se recusava a ser vacinada, com medo de que aquela vacina pudesse lhe causar outros males piores que a varíola!
 
            Nesses dias, os jornais vêm noticiando um fato que guarda alguns pontos de semelhança com aquela “revolta das vacinas”: o programa Mais Médicos e a vinda de médicos estrangeiros, sobretudo cubanos, para trabalharem no Brasil.
 
         
          Muitas informações têm sido divulgadas, várias com posicionamentos ideológicos contrários ou favoráveis à vinda desses médicos. Irônico, no entanto, é perceber que, no emaranhado de informações diárias, há uma sensação de enorme desinformação a respeito do que significa esse programa e a vinda desses profissionais.
 
            Temos ciência de que o atendimento médico e hospitalar no Brasil, embora caminhe a passos lentos em direção a melhorias, ainda é muito precário: nos grandes centros urbanos, há médicos, estruturas e equipamentos em número insuficiente na rede pública. Os planos particulares de saúde, cada vez mais caros, também são cada vez mais ineficientes, à medida que um maior número de pessoas consegue ter acesso a eles. Nas pequenas cidades do interior, há demandas por estruturas adequadas e principalmente por médicos e profissionais da área de saúde para atender a população.
 
            O Programa Mais Médicos consiste num “pacote” de ações que visa mudar tal situação. Prevê mais verbas para a área de saúde, renovação de estruturas e equipamentos e oferece subsídios para que os médicos brasileiros atuem em áreas que sofrem pela escassez desses profissionais. É um programa que envolve a ação política nas 3 instâncias de governo: municipal, estadual e federal.
 
            Na primeira fase desse programa, o número de médicos que se inscreveram para trabalhar em áreas interioranas foi insuficiente. Daí a iniciativa do governo federal em abrir as vagas remanescentes para médicos estrangeiros.
 
            Essa decisão representa algo de novo para os brasileiros. Indica uma direção nova no modo de lidar com o problema da escassez de profissionais em determinadas regiões do país. Por si só, é insuficiente, mas já é um passo na direção de suprir demandas e déficits que se prolongam por décadas.
 
            Contudo, tal iniciativa governamental causou alvoroço nas categorias que atuam nas áreas de saúde, polemizando em torno da efetividade dessa ação. A mídia deu voz às polêmicas, ampliando-as e trazendo ainda maior confusão e desinformação para o debate.
 
            A chegada dos primeiros médicos estrangeiros foi saudada com um assustador preconceito: médicos brasileiros buscaram todo tipo de argumento para repudiar os “colegas” estrangeiros, associações e cooperativas de médicos vaiaram e insultaram à vontade. Houve uma jornalista que afirmou que “as médicas cubanas tinham aparência de empregadas domésticas”!!!
 
            É claro que as manifestações a respeito não foram apenas de repúdio. No primeiro dia em que esses médicos passaram pelo curso de habilitação para trabalharem no Brasil, outros colegas os receberam com flores em sinal de desagravo, mostrando que podemos, sim, ser um povo educado e acolhedor, que consegue enxergar além das filiações ideológicas e partidárias.
 
            Em meio a toda essa história, dados foram pesquisados, números e cifras foram colocados nos debates e nas planilhas e manchetes de jornais. Faltou, contudo, o mais importante: olhar para o ser humano.
 
            O primeiro ser humano em questão é o próprio médico que chega ao Brasil. Esses médicos, cubanos e de outras nacionalidades, não vêm ao Brasil com a pretensão de enriquecer ou fazer carreira aqui, muito menos ocupar o lugar dos médicos brasileiros. São pessoas e profissionais que trazem consigo um ideal de vida, um propósito e um valor: a solidariedade com o ser humano. E isso não é algo novo e assustador: há médicos no mundo inteiro que trabalham dessa forma e que contribuem com povos que sofrem por demandas ainda mais graves que as brasileiras. Vide o exemplo de organizações tais como os “Médicos sem fronteiras”, Cruz Vermelha e outras.
 
            Embora seja a primeira vez que um governo brasileiro recrute, via acordos internacionais, a vinda de médicos estrangeiros, isso não representa novidade alguma. A Organização Pan-americana de Saúde (a entidade de saúde mais antiga do mundo, fundada em 1902) coordena convênios como esses em 58 países! A própria ONU, por meio da OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que “são corretas as medidas de levar médicos, em curto prazo, para comunidades afastadas e de criar, em médio prazo, novas faculdades de medicina e ampliar a matrícula de estudantes de regiões mais deficientes, assim como o número de residências médicas. Países que têm os mesmos problemas e preocupações do Brasil estão colhendo resultados da implementação dessas medidas”. [1]
 
            O segundo olhar se direciona a outro ser humano: o paciente (criança, idoso, pai, mãe...) que, diante de uma enfermidade, necessita ser atendido, cuidado, acompanhado por um profissional. E há em nosso país, um contingente de milhões de pessoas que ainda não são atendidas dignamente, pois há um descaso histórico com a questão da saúde no Brasil. Para essas pessoas que moram nos centros e nas periferias do Brasil, pouco importa o sotaque ou nacionalidade de quem o atende. Para elas, o importante é a confiança, atitude fundamental na relação médico - paciente, a competência técnica e o conhecimento necessário que possa auxiliá-lo na doença e na fragilidade.
 
            Oxalá, daqui a algumas décadas, possamos olhar para os atuais episódios e relê-los com o mesmo tom de humor a respeito da “revolta das vacinas”, pensando: como éramos tolos no passado! Oxalá tenhamos em nosso país estruturas e médicos dignos e suficientes para as nossas pessoas.
Jean Carlos de Araújo Ferreira
Coordenador do Depas

[1] Comunicado da OMS, intitulado como “Programa Mais Médicos é coerente com recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde” acessado em http://jornalggn.com.br/blog/onu-solta-comunicado-atestando-a-coerencia-do-programa-mais-medicos, com acesso disponível em 29 de agosto de 2013.
 

 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Celebrando a espiritualidade agostiniana no Colégio


Em agosto, tradicionalmente celebramos o “mês agostiniano”, ocasião em que nos recordamos de modo especial da pessoa de Santo Agostinho, seus pensamentos e, sobretudo, sua vida dedicada ao próximo, aos estudos e à busca de conhecer a Deus, por meio da fé cristã.

No dia a dia do colégio, algumas atividades expressaram a vivência de valores tão caros a Santo Agostinho, tais como a espiritualidade, a alegria da vida fraterna em comunidade, a reflexão sobre questões fundamentais para a existência humana. 

 
No Ensino Religioso, os alunos aprofundaram seus conhecimentos a respeito de textos e pensamentos de Santo Agostinho. Textos que abordavam os conceitos de justiça e verdade, amizade e interioridade e vida em comunidade. A cada um desses temas correspondia uma vivência cujo intuito era perceber como eles são atuais e importantes para as escolhas humanas e para o exercício da cidadania numa sociedade tão plural e diversificada quanto a nossa.

No dia 25 de agosto, as 3 unidades do Colégio Santo Agostinho se reuniram para celebrar, na comunhão eucarística, a memória desse santo que é considerado um dos “pais” da Igreja, tamanha a importância dos seus escritos para a compreensão da fé cristã. Essa missa também foi a primeira celebração eucarística presidida por frei Alexandre, que acompanha a caminhada pastoral no colégio de Belo Horizonte. 


Em sintonia com as 3 unidades, confeccionamos a “Expo-agostiniana”; uma mostra de fotografias da participação de professores e alunos no Encontro de Jovens Agostinianos (EJA) em São Paulo e na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Esses encontros foram muito significativos para esses jovens e professores, alimentando sua experiência de fé e seu senso de pertença à comunidade cristã e agostiniana.
 
 

Com chave de ouro, fechamos o mês com uma atividade muito marcante e saborosa com os professores e funcionários. Durante os intervalos de descanso, sentimos o sabor do “café com prosa”: à partilha do pão, acrescentamos a partilha das histórias e vivências, das recordações e emoções que as acompanham, possibilitando o cultivo de um ambiente de trabalho onde a amizade, o respeito ao próximo e a acolhida do outro se tornam gestos verdadeiros e sustentam as relações entre as pessoas que aqui trabalham. Tudo isso faz parte do “jeito agostiniano de ser”. A esse respeito, recebemos os seguintes depoimentos dos participantes:

 Tive a grande oportunidade de participar nesta semana do Projeto "Café com Prosa", brilhante ideia do Departamento de Pastoral, dentro do mês agostiniano. No meio de broas, biscoitos, pães e doces, as histórias se desenrolaram. Aquela pessoa escondida em um uniforme ganhava relevo ao compartilhar fragmentos de sua história familiar.
Histórias carregadas de afeto e de emoção, vindas lá do fundo da memória... dos tempos de criança. Histórias que fizeram o "sem graça" do biju, ter gosto de infância.
E o biscoito frito no fogão de lenha, aceso antes do nascer do sol? Tudo isto para que os colegas de trabalho pudessem desfrutar deste luxuoso mimo.
Nesta partilha senti que a vida de um se enrolou na vida do outro. O automático gesto de tomar café, ganhou o grave sentido de partilha de vida e de cumplicidade. Dali, sair e voltar para o trabalho ganhou outro sabor.
Cruzo com um e com outro e, no bom dia ou boa tarde, consigo ver também o tanto de humano e de gente há em cada um que se preocupou para que o colega pudesse experimentar o poder regenerador do Café com Prosa
Aleluia

Heringer - diretora

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Professores e alunos do Colégio Santo Agostinho participam da Jornada Mundial da Juventude.


 


Em julho, no período do recesso, acompanhamos pelo noticiário os eventos relacionados à Jornada Mundial da Juventude e à visita do Papa Francisco ao Brasil.

A alegria e a força dos jovens, a serena humildade do Papa Francisco e o clima da religiosidade popular estiveram presentes durante aqueles dias. Embora fosse um evento organizado pela igreja católica, o Papa ressaltou, desde o início, que veio se encontrar com todo o povo brasileiro, e com todas as juventudes do mundo, em sua diversidade de crenças, culturas e costumes.

Os agostinianos também marcaram sua presença nesses eventos. Professores e alunos dos três colégios da região mineira, juntamente com a Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia puderam vivenciar de perto a Jornada Mundial da Juventude.    
 
Ana Beatriz, Fabiola, Kátia, Luana
Letícia, Maria Eduarda, Lorena,
Cecília, Antonia e Marina (além de Maicon e Lucas)
representaram o CSA- Contagem na Jornada Mundial da Juventude

 Foram dias de muitas caminhadas e peregrinações, encontro com pessoas do mundo todo, oração e reflexão sobre o rosto da juventude de hoje e a sua vivência religiosa. O ponto culminante foi a vigília na praia de Copacabana, onde mais de dois milhões de jovens dormiram à beira da praia, ao som das ondas e sob o céu estrelado. A vigília terminou na manhã do domingo, quando o Papa celebrou a eucaristia e o encerramento da Jornada. Suas palavras encorajaram os jovens a serem agentes de transformação do mundo, protagonistas de gestos de solidariedade com os mais pobres, compromisso com a justiça social e com a paz entre as pessoas e povos.

Que possamos, todos, nos comprometermos com esses valores!

 
 




 
 
 
 


 



 
 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PERDIDOS e ACHADOS: o que é mesmo que perdemos?



Há algum tempo venho observando a “arara”, ou cabide, onde são pendurados os objetos encontrados e que aguardam seus donos. De uma forma bem empírica, três detalhes me chamam a atenção neste suporte: primeiro, o aumento do número de objetos perdidos; segundo, o aumento do valor e a diversidade de objetos ; terceiro, que a procura pelos objetos perdidos vem diminuindo.

Talvez menos de uma década atrás, se um estudante perdesse um agasalho, antes de voltar para casa ele já estaria correndo atrás. Isto porque, ele só tinha aquele, o próprio, o único “agasalho de ir para a escola” ou por medo da reação da mãe ou do pai. Perdeu? Vai ficar sem, até encontrar! Era assim e ponto final.

Hoje é muito diferente. São vários os agasalhos. Um a mais ou um a menos não irá fazer diferença. Poucos sentem falta e, menos ainda, têm o interesse ou se dão o trabalho de recuperar. O sujeito que perdeu, o estudante no caso, nem participa desta história. Isto é problema da mãe ou da avó. Talvez pela facilidade em comprar um novo. Perdeu, compra outro. Subtexto? O dinheiro recupera a falta.

Outro aspecto importante, coisa de cinco anos atrás, é que não se levavam para a escola “objetos de valor”, pois somente os adultos os possuíam. Trabalharam, deram duro para conseguir tais objetos; sinal de distinção. Hoje, criança com menos de dez anos de idade tem iphone, celular de “última geração” (se é que existe isto), relógio com todas as funções, mochila, tênis, maquiagem... tudo de “marca”.

Considero que a tal da “arara” está lá para falar também de nós. Podemos ler em sua imagem que o desejo que deveria mover as crianças e os jovens a lutarem para ter ou conseguir algo, não é desenvolvido e nem mais necessário. Antes que venha o desejo, o objeto está nas mãos. Com a mesma facilidade que chega, ele vai. Como não houve esforço para conquistá-lo, e muito menos necessidade, não há sofrimento pela sua ausência. Perdeu, compra outro.

Quando criança lembro que no Natal o presente era “estrategicamente” o sabonete, o estojo, o caderno, a meia e outros objetos indispensáveis para a higiene pessoal ou para a vida escolar. Estavam relacionados à utilidade. A pergunta era: você está precisando? É necessário? Lembro, como se fosse hoje, da dificuldade e de quantos dias (talvez semanas), precisei negociar com meus pais para ganhar um “bambolê”, brinquedo que estava na moda. Foi assim também com a tal da “tartaruguinha” (naquela época ainda achava que animal era coisa, igual a uma cadeira!). Aquele mundo era, sim, desprovido de muitos objetos, porém não acompanhado da ideia de escassez ou sinal de pobreza. Mundo nada “cor-de-rosa”, mas rico na pedagogia de talhar caráter e no ensino sobre o valor de cada coisa.

Este registro pessoal pode entrar para a galeria dos registros históricos (“naquele tempo era assim...”). Que assim seja. Contudo, não podemos negar que, apesar do excesso de objetos que carregam as “araras”, não ficamos “mais ricos” de experiências, nem mais felizes, e nem mais plenos. O contraponto pode estar na pergunta: em que medida, aquilo que me re(veste), e que possuo, fala de mim? Quantos agasalhos, sapatos, bolsas, mochilas, carros etc. eu preciso “para encher o que tenho de fundo”?


Aleluia Heringer Lisboa Teixeira

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Notícias da Catequese

 
Em função dos dois últimos jogos da Copa das Confederações em Belo Horizonte, tivemos que desmarcar os encontros das respectivas quartas-feiras. Comunicamos, portanto, que os encontros das turmas da segunda-feira e quarta-feira já se encerraram. Retomamos nossas atividades em agosto, quando serão divulgados os novos calendários. Aqueles que celebrarão sua Primeira Comunhão, já podem se agendar: ela está marcada para o dia 28 de setembro, às 10h da manhã, na Paróquia Santo Agostinho, rua Marte, nº 205.
 
 

Comissão de alunos representa o Colégio Santo Agostinho na Jornada Mundial da Juventude

 Em 2013 acontecerão dois eventos importantes destinados à juventude: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e o Encontro da Juventude Agostiniana (EJA), no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente.

A história da Jornada Mundial da Juventude teve início com o Papa João Paulo II, que vislumbrou, ainda na década de 80, um grande encontro que reunisse a juventude do mundo todo, partilhando e vivenciando, a seu modo, a fé e o dinamismo da vida cristã. Desde então, a cada 4 anos esse encontro se renova, congregando jovens de diferentes nações que testemunham e amadurecem sua fé em Deus por meio da Igreja.

Inspirada nessas Jornadas, os agostinianos, presentes em todos os continentes do mundo, convidaram os jovens que participam de seus colégios, obras sociais, paróquias e diversas outras atividades a partilharem suas experiências, em vista de fortalecer sua fé e comungar sua identidade cristã e agostiniana. Daí nasceu o Encontro da Juventude Agostiniana.

Embora nascido no seio da Igreja Católica, a Jornada Mundial da Juventude se propõe a ser um encontro com todas “as juventudes” do mundo, em sua diversidade de crenças, culturas, modos de viver e se expressar.

Os três colégios agostinianos de Minas (Contagem, Belo Horizonte, Nova Lima) formaram uma comissão de professores e alunos que nos representarão nesses eventos. Em Contagem, os nossos representantes são Cecília Siman e Marina Fraga, do 9º ano D (tarde), e Maria Eduarda Martins (1º C), Lucas Nery (2º A), Ana Beatriz Francione (2ºB) e Letícia Rabelo, Luana Carolina e Lorena Castro (do 2º C). Os professores que acompanharão os estudantes serão Antônia Augusta (Depas), Maicon Chaves (Ensino Religioso), Kátia Adriana (Ensino Religioso) e Teresa Fabíola (Língua Espanhola).

Os nossos participantes levarão um pouco do “rosto agostiniano” de Contagem, ao mesmo tempo em que testemunharão as experiências de jovens do mundo todo. Com certeza, trarão muitas lembranças e momentos marcantes em suas bagagens, ao retornarem desses eventos.
 
 
 
 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Ato cívico movimenta o Colégio Santo Agostinho


As vozes nas ruas ecoam pelo Brasil afora! Num movimento inesperado, a juventude brasileira uniu-se para manifestar o senso de cidadania e sentimento de pertença a um país que muito tem a melhorar.

Se, inicialmente, esse movimento nasceu da reivindicação por um transporte público decente e acessível, outras vozes foram se unindo em coro, pedindo por mais e melhor educação, saúde, ética na política. Como em toda realidade humana, há luzes e sombras nesses movimentos: vimos também, nas ruas, atos de violência e oportunismo, com os quais não coadunamos.


 Nessa conjuntura, entendemos que não somos meros espectadores. Também temos uma voz a manifestar. O ambiente educativo pretende ser essencialmente formativo e, portanto, não queremos nos silenciar nesse momento; ao contrário, aproveitá-lo como uma oportunidade de reflexão e expressão dos nossos anseios cívicos. Assim, no dia 25/06, organizamos o Ato Cívico em nosso Colégio, com o intuito de auxiliar os alunos e funcionários nessa reflexão, manifestando suas “bandeiras” e as causas que defendem.

 Esse Ato ficou marcado por um tom reflexivo, mas também descontraído e criativo: os alunos se manifestaram por meio de cartazes, cantos e breves discursos. Foi uma autêntica oportunidade de partilha e comunhão de ideias, respeitando a diversidade de opiniões e mostrando que podemos conviver em unidade, num ambiente tão plural como são a escola e o país. O Ato Cívico enraizou nos corações e mentes de nossa comunidade educativa o senso de pertença: somos uma só nação e, unidos, podemos fazer com que ela seja cada vez mais um lugar melhor para se viver.
 
 

 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Palestra do Projeto Semente aborda o tema da prevenção às drogas.




No dia 05 de junho aconteceu a 3ª palestra do Projeto Semente. Contamos com a presença do prof. Amadeu Roselli, psicólogo, biomédico e membro do Instituto de Farmacologia da UFMG, que refletiu o tema: “Álcool, drogas e outras substâncias: prevenir ainda é o melhor remédio”.

Com uma plateia composta de pais e mães de nossos alunos, já no início de sua fala o prof. Amadeu preveniu a todos, dizendo que sua reflexão poderia ser polêmica e até mesmo desagradar algumas expectativas em relação ao tema. Ao final do encontro, no entanto, os pais demonstraram o quanto foi proveitoso o seu diálogo com eles, sem apontar respostas ou fórmulas prontas, mas despertando a capacidade crítica e a reflexão de todos os presentes.

O prof. Amadeu organizou seu discurso a partir de 3 tópicos: passado/presente/futuro. Mostrou que, desde tempos remotos, nossos ancestrais utilizavam, em seus hábitos alimentares, substâncias que produziam efeitos diversos em sua consciência: euforia, agitação, sonolência, calma, agressividade...

Quanto à perspectiva presente, a complexidade evidenciou-se nos diversos aspectos que compõem o tema: políticas públicas educacionais e de saúde, equívocos nas campanhas e projetos governamentais, o problema da criminalidade e a atual questão da liberação de algumas substâncias. O professor Amadeu desenvolveu o tema com muita clareza, em nenhum momento “ficou em cima do muro”. Para ele, mesmo nos tempos remotos, as drogas sempre trouxeram prejuízos para a vida dos indivíduos, e a comunidade sempre buscou estratégias de contenção do seu uso.

As perspectivas futuras passam, inevitavelmente, pela educação e pela construção das relações familiares. Esse foi um dos pontos mais marcantes do encontro: é preciso promover os valores éticos, valorizar as relações familiares, ajudar os adolescentes e jovens a crescerem num ambiente em que eles se sintam seguros, auxiliá-los na construção da autoestima e apreço pela própria vida. E também cabe à família, junto com a escola, estabelecer limites claros, que orientem os jovens em suas escolhas. E isso exige de todos, muito diálogo, perseverança, zelo e partilha de experiências.

O próximo encontro do Projeto Semente será no dia 20 de junho, às 19h e terá como tema: “Infância, adolescência e sexualidade: o que é precoce?”, com a presença da psicóloga e orientadora educacional Andréia Borges. Agendem!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Os Guardiões da Infância



As infâncias devem ser ditas no plural, pois as crianças são várias: abandonadas; moradoras de condomínios de luxo; trabalhadoras; filhas dos consumidores de crack; da classe média urbana ou rural, para citar apenas algumas. Percebe-se que, sociologicamente e antropologicamente falando, não há como estabelecer um período fixo que contemple todas elas, pois temos infâncias tanto encurtadas quanto estendidas. Dada esta complexidade conceitual, faço um recorte para um tipo de experiência de infância, devido à globalização, que pode ser identificada em vários contextos sociais. Infelizmente são infâncias adulteradas e encurtadas, exatamente por aqueles que deveriam ser os seus maiores guardiões; os adultos.

Chamo de “roubar a infância” a ação de se retirar da criança o direito àquilo que lhe é mais adequado e pertinente, e de antecipar e disponibilizar aquilo que não lhe é próprio. “Adultizamos a criança” quando, de forma relapsa e descuidada, a expomos a estímulos que ainda não conseguem entender ou diferenciar. A erotização infantil, por exemplo. Diversas vezes crianças têm acesso a exibição de novelas, seriados, revistas, filmes ou Big Brothers. Elas não estão sozinhas, fazem companhias “silenciosas” aos pais ou às assistentes domésticas. Como parecem estar distraídas, acreditamos que não estão assistindo ou que não estão entendendo. Grande engano! Elas estão ali absorvendo um modo de ser, de viver, de falar, de agir. Observam, sem nenhuma mediação, que gritar, matar, roubar, consumir, trair, desrespeitar os pais ou os mais velhos, são meios para se dar bem na vida. Estão “sorvendo”, na cultura, um modo de ser e, como aprendem pela imitação, logo estarão replicando aquilo que veem.

E as festas infantis? Não há ocasião melhor para se observar a distorção. Nada é apropriado para o sujeito-criança. Ao contrário, todo o ambiente e o evento estão voltados para o sujeito-adulto. O tipo e a altura da música, o excesso de estímulos visuais, auditivos, degustativos, a superficialidade, o excesso de “amigos”, os animadores contratados para não deixar criança nenhuma ficar parada e a farta alimentação de baixa qualidade nutricional. É uma festa!

O pior é que virou competição. A festa do filho tem que ser melhor que a do amigo. No final há uma ressaca geral de todos os envolvidos e muitas contas para pagar. E a criança, que aprende pela imitação, entenderá que ser feliz é ter tudo em excesso, que música tem que ser alta e que brincadeira boa tem que sempre ter: quem vai ganhar, menino ou menina?

Chamo a atenção para as meninas, parte frágil e mais vulnerável, pois a elas se destina todo o aparato de sedução da indústria da moda. Disponibilizamos, então, de forma abusiva, a maquiagem, os esmaltes e as roupas de mulheres adultas. Quantas meninas abaixo de cinco anos já frequentam “salões de beleza” junto com as mães? Será mesmo que é ali que elas deveriam estar? Mais uma vez, por imitação, estão entendendo que, para os adultos a sua volta, o corpo, a aparência, o estar na moda, são valores a serem perseguidos. Na adolescência e na juventude, como bons aprendizes, estas crianças irão aplicar todos estes valores que ao longo dos anos aprenderam junto daqueles que os amam.

Por fim, considero que a escola, como uma das guardiãs da infância, também tem sido falha ao permitir que a pressão do “mercado” e da corrida rumo à universidade faça da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental um verdadeiro matadouro de infância. Qual a real necessidade de crianças de quatro ou cinco anos saberem ler e escrever? Como defensores da infância precisamos, de fato, é nos perguntar se nossas crianças estão tendo acesso a bons espaços para brincar, se estão usufruindo de ambientes interessantes e inteligentes, se estão tendo espaço para o jogo simbólico, para a fantasia, se estão mantendo contato com a terra, se convivem com a natureza, se fazem piquenique, vão ao parque, brincam de fazer “cabaninha” e se no momento de dormir, ainda têm o privilégio de ouvir, do pai ou da mãe, a mesma estória pela milésima vez e, por fim, fazerem juntos uma oração. Com bom senso, considero que podemos retomar as rédeas desse processo e nos posicionarmos como verdadeiros filtros e guardiões desse tempo único chamado infância.



Aleluia Heringer Lisboa Teixeira
Diretora - Colégio Santo Agostinho
Unidade Contagem

Voluntários auxiliam alunos da EJA nas inscrições para o ENEM.




O período de inscrições para o ENEM 2013 já está aí, e um misto de ansiedade e empolgação vai tomando conta dos corações e mentes de todos os estudantes que irão participar desse exame. Afinal, é um momento significativo: tempo de colher os frutos dos esforços acumulados nos últimos anos, rever os próprios conhecimentos, deixar os sonhos e expectativas falarem alto, pensar num futuro promissor, no ingresso a um curso superior...

Nos dias 21 e 22 de maio, alguns alunos do Ensino Médio e do 9º ano D do Colégio Santo Agostinho realizaram uma atividade voluntária muito relevante: auxiliaram seus colegas da Escola Frei Carlos Vicuña (EJA) a efetuarem suas inscrições para o ENEM.

A importância dessa atividade reside no fato de muitos alunos da EJA já serem adultos ou por algum tempo interromperam seus estudos. E a decisão de voltar a estudar, em meio aos outros compromissos da vida (trabalho, filhos, despesas) lhes exige perseverança e redobrada dedicação. Vários desses alunos estão, junto com os estudos, vivenciando a nova realidade do universo educacional: a informatização, as multimídias e as possibilidades que a internet oferece como ferramenta para adquirir novos conhecimentos. Esses alunos experimentam, assim, o que se costuma denominar inclusão digital: estão se familiarizando com essas ferramentas, aprendendo a utilizar suas potencialidades, superando os estranhamentos iniciais.

Assim, a contribuição dos voluntários foi valorosa: uma verdadeira troca de experiências, pautada não apenas no manejo com os computadores, mas também uma troca de conversas, de histórias de vida partilhadas, de sentarem lado a lado e se acolherem mutuamente.