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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Encontro com os representantes de turma do Ensino Fundamental II


 No início de setembro aconteceu o 3° encontro de representantes do Ensino Fundamental II. Esse encontro integra uma proposta maior, que é a de contribuir para a formação dos nossos jovens estudantes e inseri-los num projeto de escola em pastoral, a fim de construirmos um ambiente escolar de acolhimento, participação e cidadania.




Utilizando a metodologia de vivências, os jovens puderam partilhar as impressões que têm do universo escolar: aspectos que valorizam e com os quais se identificam, situações que precisam melhorar, sugestões e iniciativas propostas.

O tema debatido no encontro nos ajudou a refletir sobre a realidade dos conflitos: algo que permeia a convivência de todo agrupamento humano. Entendemos que o conflito acontece quando há diversidade de opiniões, de gostos, de expectativas. Dizer que a convivência em grupo (na sala de aula, no colégio etc.) é permeada de conflitos não significa, no entanto, que esses conflitos sejam alvo de divisão ou desunião entre as pessoas. O grande desafio do grupo passa por aprender a ouvir o outro, aprender a dialogar com objetividade. Ou seja, se há opiniões e expectativas diferentes entre as pessoas, o importante é perceber quais valores ou ideias estão sendo defendidos e buscar aquelas que ajudam o grupo a crescer e a alcançar seus objetivos.

Os conflitos, nesse sentido, podem ser fonte de crescimento e amadurecimento das pessoas, assim como fortalecem a caminhada do grupo. Os conflitos só atrapalham quando as pessoas esquecem as ideias e objetivos comuns, e passam a discutir questões pessoais, deixando as vaidades ou inseguranças em relação ao outro interferirem e falarem mais alto.


 O debate com os representantes foi muito oportuno, pois, de fato, há diversos conflitos na lida diária da sala de aula. Conflitos entre os colegas, entre alunos e professores, conflitos entre gerações. A sala de aula é um espaço de convivência entre as pessoas. Mas essa convivência é pautada por um objetivo em comum: fazer os conhecimentos serem partilhados e socializados. Como surge, então, nesse contexto, o conflito? Quando há conversas em demasia, quando falta a colaboração, quando os combinados são “esquecidos”, quando as cobranças vêm de forma ríspida por parte de todos. Isso gera um desgaste, e o ambiente propício para o estudo fica comprometido.

Os estudantes partilharam suas experiências sobre como lidar com os conflitos em sala de aula. Alguns buscaram a criatividade e a linguagem como aliadas: confeccionaram cartazes com pequenas dicas para manter um ambiente organizado na sala de aula. Outros tiveram a oportunidade de participar de uma “assembleia”, em que muitas questões foram debatidas com transparência e sinceridade e, então, surgiram propostas de melhoria assumidas coletivamente. Por fim, diante de alguns resultados aquém do esperado, em algumas salas houve aquela “conversa franca”, hora de repensar o comprometimento e buscar novas posturas. 


 Ouvir o grupo de representantes é, de fato, uma experiência gratificante: suas considerações, críticas e sugestões emergem de um verdadeiro sentimento de pertença ao colégio. Eles se identificam com esse ambiente e desejam contribuir para que a vida escolar seja favorável para o crescimento de todos.

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