No último mês, as turmas do Ensino Fundamental e Médio estiveram envolvidas na escolha dos novos representantes de turma. Essa escolha é muito significativa, pois situa-se num processo cada vez maior de participação dos adolescentes e jovens em nossa sociedade, fruto de uma nova mentalidade: o jovem também é chamado a ser protagonista no mundo em que vive, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor e mais justa.
Toda escolha supõe uma dupla responsabilidade. A primeira, da parte de quem escolhe: requer-se discernimento, seriedade, consciência. A pessoa situa-se no campo da sua liberdade, que é o alicerce para os sistemas democráticos contemporâneos. A segunda responsabilidade atinge a pessoa escolhida: ela se torna uma voz para o seu grupo. É capaz de repercutir os valores e anseios do grupo e das pessoas que a escolheram. Torna-se, também, ouvidos: exercita a arte da escuta, busca consensos, reflete os interesses em jogo, capta os objetivos e intuições necessárias que auxiliam a caminhada do grupo. É nesse diálogo constante entre aqueles que escolhem e aqueles que são escolhidos que se constrói uma autêntica liderança. Uma das tarefas do líder é auxiliar o grupo no seu processo de desenvolvimento, de dinamizar a construção dos seus objetivos. Por isso, as lideranças mais promissoras são aquelas que conseguem dar sustentação a ações transformadoras, que desencadeiam processos de mudança e melhoria nas relações grupais.
E isso não se conquista da noite para o dia: é preciso perseverar, ter paciência, escutar; mas, também, é necessário falar para o grupo, agilizar suas potencialidades, apontar caminhos.
Estamos inseridos em uma sociedade sem referências de lideranças que transmita segurança a esta geração. Cada sujeito vem enfretando desafios diversos, e tem assumido uma grande responsabilidade de seguir caminhos que muitas vezes são desconhecidos. E ISTO É MUITO PERIGOSOS.
ResponderExcluirParabéns a toda equipe Agostiniana, por assumir mais uma vez o compromisso de formar cidadãos cada vez mais comprometidos com os valores humanos.
Obrigado pelo comentário. E voce tem razão: formar lideranças que atuem em favor do bem comum, pensando no crescimento do grupo em que estão inseridos, é um desafio muito grande, sobretudo no mundo atual, que preconiza o individualismo e a cultura do "cada um por si".
ResponderExcluir