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terça-feira, 24 de abril de 2018

"Soro", grupo de estudos e debates feministas, visita a Casa de Referência Tina Martins


Falar de feminismo na escola soa estranho para muitos, suscita dúvidas e questionamentos. O próprio conceito ainda é alvo de controvérsias e gera compreensões diversas. A fim de buscar lucidez e partilhar experiências, um grupo de alunas e alunos iniciou o que denominaram “Soro” (termo que remete à sororidade, atitude que evoca irmandade, respeito, empatia entre e para com as mulheres; e também sugere a ideia de soro, algo que propicia cura, prevenção, cuidado...), grupo de estudos e debates em torno do feminismo e das questões que lhe são próprias: dignidade e direitos da mulher, autoestima, cidadania, promoção da igualdade e conscientização frente aos preconceitos existentes nas relações sociais. 

A percepção de fundo e que motiva a existência do grupo é entender que vivemos numa sociedade em que ser homem difere substancialmente de ser mulher. Difere em costumes, oportunidades, nas condições de trabalho, possibilidades de ser e estar no mundo, enfim. Compreender diferenças e barreiras que separam a vida dos homens e das mulheres é uma necessidade para quem se encontra na adolescência da vida, amadurecendo a consciência de si mesmo e do mundo. 


Um grupo de estudo e reflexão feminista faz todo o sentido numa perspectiva educacional: para as próprias participantes e componentes do grupo e, em âmbito diverso, para a escola, ao possibilitar que iniciativas formativas dos seus estudantes ganhem substância e visibilidade. Debater o feminino e o feminismo na escola é exercício da cidadania, do amadurecimento da reflexão e da conscientização sobre valores e conflitos vigentes na sociedade. 

O grupo Soro visitou, em abril, a Casa de Referência da Mulher Tina Martins, referência fundamental na atuação para efetivar políticas públicas destinadas às mulheres e, especificamente, na acolhida e assistência às mulheres vítimas de violência em Minas Gerais. Coordenada por jovens estudantes e profissionais, essa visita se constituiu num marco para o grupo, ao dar a conhecer experiências de mulheres engajadas na construção de um mundo melhor e mais justo para todas e todos.



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