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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pelo planeta, pelas pessoas, pelos animais

Quando a Plataforma Terráqueos (www.plataoformaterraqueos.org.br) foi lançada, em fevereiro deste ano, tínhamos em mente que era possível mobilizar as pessoas em torno de grandes causas. Tínhamos, também, a clara consciência de que a Escola, através desse projeto, não poderia, pretensamente, se engajar em todas as grandes causas. Mas isso não seria desculpa para cruzarmos os braços e não fazer nada. Se pararmos para pensar, poucas instituições em nossa sociedade ainda conseguem agregar tantas pessoas por um longo período de tempo e sobre elas exercer influência formadora.


Nesses cinco meses de vida, a semente se mostrou boa e a terra fértil. Conseguimos mais que imaginávamos. Nem tanto pelo que arrecadamos, doamos ou mobilizamos, mas pela importância de voltar a acreditar na força do coletivo. O Brasil poderia estar bem melhor se a nossa indignação não fosse uma "mosca sem asas, que não ultrapassa as janelas de nossas casas". Lamentamos e lançamos a culpa no poder público, na "sociedade", como se essa realidade fosse algo fora de nós. Levantamos bandeiras a favor do meio ambiente e somos incapazes de mudar hábitos relacionados ao uso e abuso que fazemos da água e da energia e, no consumismo desenfreado, com a consequente produção excessiva de lixo. Condenamos as indústrias, a crueldade com os animais, os que destroem florestas, poluem os rios, mas não paramos para pensar que somos nós, cidadãos e cidadãs, os que alimentam essa demanda por objetos, alimentos e luxos supérfluos. Não abrimos mão de nada que ameace o nosso "conforto". Queremos tudo e, se possível, mais alguma coisa.


A Escola, portanto, está continuamente diante de duas opções. Se acomodar e contribuir para a manutenção desse quadro, ou poder ser a luz que irá iluminar o caminho das necessárias mudanças dessa realidade. Preferimos apostar na desafiadora possibilidade de mudanças, com o crescente engajamento de mentes e corações.

Aleluia Heringer Lisboa Teixeira

http://ct.santoagostinho.com.br/palavra_da_diretora

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